Você sabe o que é nomofobia?

 

 



 

Desde que a internet se popularizou, nos últimos 24 anos, os hábitos das pessoas têm mudado cada vez mais. Conversar, namorar, brincar, jogar...tudo isso passou a ser feito do contato pessoal para a praticidade virtual.

A era da informática nos oferece um mundo de possibilidades e, se por um lado trouxe comodidade e facilidade, por outro trouxe também um problema que tem se abatido entre milhares de usuários - cerca de 50 milhões pelo mundo: o vício em internet, conhecido como Internet Addiction Disorder ou Transtorno do Vício de Internet, pela Associação Americana de Psicólogos.

Em tempos de inovações constantes, o vício ganhou uma extensão e um novo termo foi gerado: nomofobia, que vem de "no mobile phobia" e significa medo de ficar sem celular - o que vale para smartphones e tablets.

Se você é daqueles que sofre só de pensar na sua vida offline, ou conhece alguém assim, fique de olho para não fazer parte dessa estatística, hein!

 

O que esse vício causa?

Déficit de atenção, dificuldade para se organizar, definir prioridades e sensação de angústia por estar longe do computador. Horas de sono também costumam ser perdidas e comprometem o rendimento profissional, escolar e social. Isso sem falar em sintomas físicos como comprometimento da postura e da visão, tendinite, obesidade ou subnutrição - devido à má alimentação.

É preciso, no entanto, saber diferenciar o vício do abuso. A mestre em saúde mental, Luciana Nunes, estima que 10% dos internautas brasileiros acessam a internet de forma excessiva. “Na prática, cerca de 4% dos internautas brasileiros apresentam sintomas do vício à web.”.
Contudo, não confundir causa com consequência é muito importante. “Não se sabe se é a internet que gera um quadro de depressão, por isolar as pessoas, ou se pessoas depressivas usam a internet como subterfúgio e acabam perdendo o controle", ressalta Luciana.

Uma dica para quem sente que faz parte desse quadro é entender se está, antes de tudo, passando por algum problema que o leve a esse comportamento e então procurar ajuda de um psicólogo.

 



Confira alguns sinais de alerta para esse problema:

- Usa a rede como válvula de escape; uma forma de fugir de problemas e aliviar sensações.

- Ansiedade por estar online e necessidade de estar cada vez mais conectado. Qualquer coisa que se vai fazer, divide-se aquele tempo com uma interação online e não dá atenção total às atividades offline. Exemplo: Faz as refeições de olho no celular; assiste à televisão e envia mensagens ao mesmo tempo; encontra-se em um local com a família ou amigos e checa o aparelho o tempo todo e até esquece o que está acontecendo à sua volta; ao acordar; mal abre os olhos e já se conecta, e por aí vai.

- Comprometimento das relações sociais, afetivas e profissionais. A pessoa passa a ter mais prazer com atividades dentro da rede e deixa de lado estar com a família, os amigos, programas de lazer e não consegue gerenciar suas atividades profissionais. Esse é um dos comportamentos mais graves, que denotam o vício.

As maiores vítimas são os jovens e, de acordo com a psicanalista e neurocientista Nanci Azevedo Cavaco, os mais propensos à dependência são: o tímido, que deseja ter controle sobre tudo e ser quem ele quiser; e o compulsivo, por se fixar e repetir o mesmo comportamento várias vezes. E complementa: "Alguns aspectos psicológicos e sociais colaboram com o distúrbio, como fobia social, baixa autoestima, depressão, solidão e isolamento.".

É verdade que nos dias de hoje é difícil não estar conectado, por isso não se espante se você tem um pouquinho desses hábitos. Não criemos pânico! O importante é não abusar e observar o quanto de tempo você tem se dedicado à rede e se afastado das coisas boas do mundo real.

Dicas para não deixar o vício tomar conta:

- Relacionar as coisas que têm ficado de lado devido ao tempo dedicado à internet; o intuito é a pessoa avaliar o quanto tem se tornado improdutiva. Aproveitar para identificar o que lhe faz falta e dá prazer, e se empenhar em realizar.

- Estabelecer um horário para se desconectar. Se for preciso, contar com a ajuda de um despertador.

- Estreitar os laços, fortalecendo a relação com as pessoas de quem gosta. Conviver, interagir e ter sempre em mente que embora a internet nos aproxime de quem está longe, ela nos distancia de quem está perto. E nada pode ser mais prazeroso do que o mundo real, o toque e a troca de energia com as pessoas que nos querem bem.

- Quebrar a rotina e fazer atividades ao ar livre. Lembrar-se sempre que há vida fora da telinha! Práticas de exercícios relaxantes também são uma boa pedida para regular a respiração e diminuir a ansiedade.

 

Quer saber mais se você faz parte desse quadro, se está na zona de perigo ou se está livre de tudo isso? Faça o teste nesse artigo da UOL. Clique aqui.

E se você faz parte da família Momentum e tem os empreendimentos à sua disposição, está ainda mais fácil se proteger desse mal. Com tanta natureza e lazer à sua volta, quem precisa de internet para se divertir e relaxar? Aproveite seu pedacinho do paraíso!